"Louis, como é ser cego?" uma resposta: escuro. Nunca chame um cego pela palavra cego, eu nunca tinha percebido isso mas é verdade, nós nos sentimos mais fracos sendo chamados assim, ou em outras palavras, impossibilitado, dimuído,diferenciado... Eu to aprendendo a ler com os dedos e essas coisas, mas ser cego tem seu lado bom: sentir mais a natureza e se desconectar daquele mundo em que crianças de 8-9 anos não acreditam mais em contos de fadas e sim em Gravidez Na Adolescencia, esse mundo exterior é uma merda, podemos concordar, certo?
Já é meu primeiro mês cego, e a cada dia eu aprecio mais a vida e as pessoas... "E o Harry?" ele tem me ajudado em absolutamente tudo, eletrm sido o irmão que todos queriam ter, menos eu... Ok, ok. Eu vou explicar: não quero Harry como irmão, nem amigo... Nesses dias que ele vem me ajudando mais e a gente se falou e se "tocou", eu sentia as mãos dele no meu rosto e meu coração ia a mil. Como eu sei que era ele? sua mão se encaixa e sempre se encaixou no meu rosto, e o Harry tem seu jeitinho de fazer carinho com o dedão enquanto encaixa a mão no meu rosto e essas coisas...
Já são 22:03 e Harry ainda não voltou do mercado, ele ja saiu de casa des das 19:40... Onde ele esta? sera que esta em?
H- Louis! Cheguei!- Harry chegou finalmente, ele estava com uma voz cansada, como se estivesse segurando coisas muito pesadas
Lt- oi amor... HARRY! EU DISSE HARRY!- percebi meu "erro" e me corrigi- ta tudo bem aí?
H- sim, claro- ele disse mas logo eu ouvi um barulho de algo muito, MUITO pesado caindo no chão... acho que era ele mesmo- AH- ele gritou
Lt- Harry?!
H- relaxa, ai, eu to bem- ele dizia com dificuldade- eu vou fazer umas coisas pra você comer e depois a gente vai ficar juntos, ok?
Lt- posso...
H- o que?
Lt- posso cozinhar com você? eu sinto saudades disso...- não ouvi nada, só senti meu corpo sendo guiado pelo Harry ate a cozinha, ele me botou de frente para algum lugar e me abraçou por tras. Ele guiava minhas mãos ate alguns alimentos e me fazia botar numa panela, eu só sentia o cheiro, me soltei um pouco dele e me arrisquei a provar a comida sozinho, eu fui palpando a bancada de pedra e peguei algo que, pelo tato, senti ser uma colher, peguei-a e botei a mesma na tal panela e logo levei-a à minha boca, OOPS, muito quente
LT- AAH!- soltei a colher e senti minha lingua queimando
H- calma, você só queimou a lingua com a sopa- senti ele me virando- pensa numa coisa azul
Lt- oi?
H- só faz isso
Lt-ok... uma coisa azul...?
H- quadrada... bem leve, que se encaixa na nossa mão- senti algo ficando na minha mão
Lt- o que é isso?
H- vai chutando...
Lt- veludo?
H- aham :)
Lt- não tem botão nem zíper...- eu ia tocando cada detalhezinho da misteriosa caixinha- ela é pequena--
H- e tem uma aliança dentro- fiquei boquiaberto- não podemos casar agora, somos novos e tenho medo que não dure, mas se você concordar ficar noivo ou ser meu namorado ate a gente ter certeza do nossos amor... Senti algo geladinho e pequeno ultrapassando meu dedo
Lt- como você sabia que eu...
H- nós não somos quem somos por acaso, o destino nos quer assim, esta de acordo em ser assim?
Lt- desde que seja com você, eu topo qualquer coisa. Vai dar tudo certo?
H- vai.

morrendo~
ResponderExcluirmomento pfto